domingo, 29 de maio de 2011

A PATA DA GAZELA

 
  Romance urbano de Alencar, narra de uma maneira simples a história do (des)encontro amoroso entre Amélia e seus dois pretendentes: Leopoldo e Horácio.O primeiro, um iniciante no mundo das paixões, fica encantado por um sorriso que vislumbra durante o trajeto na Rua do Ouvidor.O outro, um belo conquistador, o leão da sociedade carioca, era colecionador de paixões, cortejava as jovens como sendo uma ocupação necessária, o amor era um entretenimento do espírito, como passear a cavalo, frequentar o teatro, jogar uma partilha de bilhar.

    Amélia, deixa-se cortejar,sabedora de que Horácio a deseja como a um troféu,apenas para satisfazer um capricho: descobrir se ela é realmente a sua cinderela, a dona da botina por que ele se encantou.A jovem, cede aos capichos do mancebo num primeiro instante, mas por ser geniosa, subverte a esperteza do rapza e aniquila-o.Ele, acreditando que ela , por não ser a dona da botina, por que ele tanto suspirava, rompe o compromisso formalizado e decide ir atrás de outra caça, a melhor amiga de Amélia: Laura, dona de pés disformes.
     Leopoldo, que acredita que o amor é um encontro de almas, casa-se com Amélia por quem havia suspirado desde o primeiro sorriso que a moça ofereça a ele.

   História que encerra com um final satisfatório conduz o leitor nos (des)caminhos do amor. Eis aqui algumas citações presentes no livro e que terminam por deleitar seus espectadores:

  "O coração é um solo.Vale onde brotam as paixões,como os outros vales da natureza inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez, ou de seiva, de esterelidade ou abundância".


  "O casamento quando não une duas almas irmãs criadas uma para a outra, é uma espécie de grilhões que prende dois galés; o suplício de duas existências condenadas a se arrastarem mutuamente".

  "Mas não há despedida cruciante como seja a da alma pelo amor que nutriu durante muito tempo.Há aí mais do que uma separação: é quase a mutilaçõ moral".

  "Ame alguém e não saiba se é retribuído.Toda a sua existência se projeta nesse impulso da alma, que se arroja para outro ser, e anseia por nele  infundir-se.Vive-se fora de si mesmo, alheio a seu próprio eu; como o peregrino perdido lomge da pátria, o home exilado de sua pessoa erra no espaço em demanda de um abrigo".


   "O ódio é a efervescência do amor".

   "O amor fero e irado é como o champanhe que ferve e espuma".

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