Rômulo não era o estereótipo de beleza a que as mulheres veneravam, era mediano, pele morena, jeito simples de quem fora criado no interior.Mas não restava dúvida de que era um homem capaz de enlouquecer toda e qualquer mulher .
A adolescência deles foi muito semelhante: idas ao shopping, balada com os amigos.Ela era uma garota romântica, sonhadora daquelas que choravam ouvindo o LP do Menudo.Ele, um cozinheiro excepcional, pois morava distante da mãe a aprendera a cozinhar com a ajudda da irmã com quem dividia um apartamento de 5 cômodos na zona periférica da cidade onde moravam.
Num fim de semana qualquer, Ana resolveu investir na paixão que começava a brotar no seu íntimo, muito mais porque o garoto estava sendo paquerado por outra do que propriamente por sentir algo de especial por ele.Sem pensar muito, chamou-lhe no quarto e tascou-lhe um beijo avassalador e simplesmente foi embora. O rapaz, desnorteado, no dia seguinte iniciou uma tórrida relação.Os dois vivenciaram tardes prazerosas , dividiram angústias e planejaram acontecimentos futuros.Ela, no auge de seus 17 anos e ele havia cabado de completar 16 anos.Suas vidas seguiram entrecruzadas até o dia em que Ana se fatigou daquela relação que não mais completava sua necessidade de amar tresloucadamente.
Nessa ocasião, os encontros com Rômulos passam a ser cada vez menos frequentes, antes diários tornam-se semanais e por fim quinzenais.A relação termina sem que haja a necessidade de se trocar qualquer palavra.O silêncio traduzia o intraduzível.Ana evitava qualquer situação em que fosse provável encontrá-lo e ele não sabia mais o que fazer para que a garota voltasse a se interessar por ele.
Ana conhece Roberto ,um homem educado, gentil e experiente, o oposto de Rômulo.A jovem investiu nesse novo amor que inspirava desafio, assim Rômulo tornava-se uma fotografia esquecida dentro de um livro no passado.
(Continua...)
Socorro Alencar
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